15 de abril de 2012

Só nós dois



A chuva cai lá fora. Às vezes parece que aqui dentro também. Uma chuva de coisas que por muito tempo não tiveram sentido. Que nem eu e nem você conseguíamos entender.
Não sei se tenho tamanho para sentir o que eu sinto. Não sei mais qual é o meu tamanho, já que às vezes fica tão difícil saber o que é você e o que sou eu. O que sei é que o tamanho do mundo com certeza diminui quando a sua cama se transforma em nossa, quando seu colo se transforma no meu.
Você me aperta contra seu peito, passa a mão no meu cabelo e me diz o quanto eu sou bonita. Só consigo pensar no quanto você me faz bonita. E que nada nesse mundo se compara a essa versão de nós dois. Nada nesse mundo se compara a esse nosso “o que é meu, é seu”.
Essas músicas que tocam na rádio são perfeitas a ponto de se tornarem covardia. Encaixam-se de um jeito que deveríamos dar nossos nomes a elas.
Fazem poucos graus agora do lado de fora. Bem, aqui dentro fazem muitos. Só o calor do meu coração aqueceria o seu por todo o inverno.
''Queria que todos os dias fossem como quando nós dois estamos juntos.'' Queria colocar esses momentos dentro de uma caixa e abri-la sempre que sentir saudade. Mas isso é impossível! Então escrevo esse texto para lê-lo sempre que precisar acreditar em uma coisa boa. Sempre que precisar de uma coisa doce.
''Queria que todos os dias fossem como quando nós dois estamos juntos.'' Repito mais uma vez... Repito em cada minuto.

Amanda Vieira




2 comentários:

  1. Amei muito esse texto. Você tem futuro, Amandinha.

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