14 de janeiro de 2014

De tudo que puder atribuir a mim, atribuirei coragem.  Coragem para amar pessoas que não são capazes de amar a si mesmas, e ainda me amar o dobro depois.  Coragem para assumir meus demônios e saber conviver com eles quando o resto do mundo diz que o importante mesmo é me livrar, enquanto só sabem esconder seus próprios. Coragem para ter angústias existenciais e não fazer uso de anestésicos ou fugas emocionais.  Coragem para acreditar que mesmo que o meu céu esteja nublado hoje, amanhã estará azul e com sol.  Coragem para ir em frente, e ainda mais para desistir – desistências podem exigir o dobro dela.  Coragem para olhar as minhas cicatrizes com cuidado, mas não me julgar vítima de nada.  Coragem para nunca pensar que já sei quem sou o suficiente para não me permitir mudar. 
Que nada em mim seja metade, muito menos covarde. Nunca. Não sou.  

2 comentários:

  1. Que texto muito bom! Poesia e verdade em tudo é o que sinto ao ler.

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    1. Obrigada, Garret! É uma honra te ter por aqui. Ainda mais me elogiando. Obrigadaaaa!

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